terça-feira, 26 de julho de 2011

Livro de Reclamações III

Desde que voltei de férias que os dias no meu local de trabalho têm sido complicados. Acho que o mal é meu. Ultimamente sinto as coisas de um modo pouco natural. Adorava ter o espírito do “deixa andar”, do “não quero saber”, “quem quiser que se preocupe”, mas não sou assim. A minha essência não é essa. Sou incapaz de não fazer algo que me peçam, mesmo que isso não esteja ligado com a minha função. No fundo faço tudo o que for preciso. Somos pequenos e poucos, acho que não custa nada. A boa vontade deve prevalecer sobre a obrigação do “do ter” ou não de fazer determinada tarefa.
Depois… depois vejo outras pessoas, que se recusam literalmente a fazer outras coisas que não sejam criteriosamente e rigorosamente as “suas” coisas. As suas tarefas. Olham para um papel e dizem literalmente que não sabem nada de determinado assunto, quando até já ouviram falar nele. Mas até aqui tudo bem. Cada um tem a liberdade de agir como bem entende. Eu gosto de resolver problemas. Odeio esperas que não se justificam. Mas, porque há sempre um mas… Estas pessoas que vivem no mundo delas, entram e saiem na hora certa, são compensadas. Apenas e só porque não reclamam. Porque não expressam a opinião de desagrado. E aos olhos dos superiores, mais vale uma mosca morta que não dá transtorno nenhum, do que alguém que até faz tudo o que lhe pedem, mas quando tem oportunidade diz o que pensa e acaba prejudicada por isso. Mesmo assim prefiro a minha posição.  Pouco ou nada valorizada, mas leve por dentro, sem deixar nada por dizer.
Ontem foi o dia dos baldes de água gelada. Tinha média de 17 nos dois testes de uma disciplina (um teste com 15 e outro com 18) e o filho da mana do meu professor nem se dignou a publicar as notas dos trabalhos, nem a fazer um ponto de situação, no sentido de podermos melhorar ou não, 2 meses depois, publica a pauta final, assim como quem vem pé ante pé e qual o meu espanto quando vejo 15 na pauta. Fiquei doida. Tive de lhe mandar um mail a tentar perceber o que se tinha passado e que nota afinal tinha dado ao nosso trabalho. Respondeu-me com desdém que tivemos um mísero 14. Nunca fui consultar prova nenhuma, apenas o primeiro teste dele onde me deu 15. Não percebeu nada do que indiquei nos cálculos. Descontou-me 3 valores porque me enganei a contar 1 dia útil no calendário. Claro que todos os cálculos com base nos dias não poderiam estar certos (apesar do raciocínio estar perfeito). Depois vejo lá pessoal que não sabe calcular uma isenção de horário de trabalho, ou um descanso compensatório e têm uma nota parecida com a minha, vá um valor a menos. Fico revoltada, pois claro que fico. Porque ao fim ao cabo, dou tudo e depois levo chapadas destas sem mão.
Tem sido assim. Umas atrás das outras.

1 comentário:

  1. Bem Me Quer
    Que estes momentos azedos sirvam para p'lo menos te fortalecer! Não deixes que eles existam em vão! Se tens que passar por eles, rasteira-os e transforma-os em algo positivo.
    Beijos grandes

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