sexta-feira, 30 de setembro de 2011

45 dias de nós,

É nas pequenas coisas que percebo o quanto ele é importante para mim.
Achei que me ia custar horrores no dia que tivesse de abrir a porta de minha casa a alguém. Mas ao contrário do que eu pensava, não me tem custado nada. A coisa tem-se dado com a maior naturalidade do mundo. Ele cozinha e eu lavo a loiça, trato da roupa. Ele aspira e lava o chão se for preciso. Tem sido uma boa (posso dizer mesmo excelente) surpresa. Em todos os sentidos. Acho que está a ser maravilhoso porque nunca nenhum dos dois viveu nada daquilo que estamos a viver agora. Nunca nenhum dos dois foi amado verdadeiramente. Daquele amor puro que se dá sem esperar nada em troca. Que abraça e sente o outro coração a bater. Que dá a mão e sente que é ali o seu lugar e não o trocaria por nenhum outro lugar do mundo. Tem sido assim este Amor. Arrebatador. Sorridente e pleno. E mesmo na distância há aquele sentimento de partilha dos dias. Há a preocupação que os minutos avancem no relógio para nos podermos voltar a ver, a entregar a esta nova vida ainda tão recente mas tão repleta de sonhos e de planos feitos a dois. De ideias partilhadas. Tão cheio de cor e de alegria.
Continuo a relembrar o primeiro momento em que nos vimos pela primeira vez. E pela segunda. O primeiro beijo, o segundo e todos os outros. Os abraços sem fim. Os mimos e a atenção que damos. Os olhares que trocamos antes de adormecer. Quando ele me chama para partilhar o que quer fazer, a forma como aqueles olhos azuis brilham, quando me inclui em cada coisa que quer e vai fazer. Como trata as nossas coisas por “nossas” em vez de minhas ou tuas.
Até a forma especial como me repreende, como me chama a atenção quando ainda me saem frases e coisas que não deviam sair. Quando as inseguranças ainda surgem porque afinal de contas este mundo é completamente novo. No meio de tudo consegue fazer-me sentir única. Consegue encher-me de amor, de mimo e me dá um alento bem maior. Dá cor aos meus dias e esperança à minha, que agora é a nossa vida.  
Estou muito grata por tê-lo encontrado. Acho que não podia ter sido em melhor altura, apesar de por vezes achar que podia ter sido mais cedo. Mas mais do que almas gémeas, existem momentos certos e o nosso é agora.
E todos os dias têm contado. Tal como prometemos.

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