terça-feira, 19 de junho de 2012

O trânsito inspira-me... e deixa-me escrever...

Cada dia que passa sobre esta minha existência, sei e sinto em cada passo que dou, que sou uma pessoa de sorte.
Nasci no seio de uma família de valores, rodeada de pessoas humildes com um enorme sentido de responsabilidade e solidariedade.
Sinto-me uma pessoa integra e quem me conhece de verdade (e são muito poucas as pessoas a quem dou essa oportunidade) sabe que estou lá. Dou a mão, a roupa do corpo se for preciso.
Quanto gosto de alguém, seja família, amigos ou namorados, não sei gostar com reservas. Não sei partilhar só metades. Não sei.
A minha essência não é feita de metades. E como não sou assim, custa-me ver outros a sê-lo. Pessoas que não aceitam uma brincadeira. Pessoas que batem com a mão no peito e depois borram a pintura toda. Não suporto gente hipócrita, falsa e sem escrúpulos. 
Se ninguém se meter comigo, adoro viver no meu mundo. Rodeada daqueles que escolhi e me escolheram para fazermos parte da vida uns dos outros. Tão simples quanto isso.
O pior de tudo é quando sou obrigada a conviver com pessoas a quem nada tenho a dizer. Que pouco me enriquecem enquanto ser... dá cabo de mim. Tolda-me os sentidos e bloqueia-me. Faz-me sentir estúpida e retira todo o sentido aos meus dias...
Gostava de aprender a lidar com esta frustração. A deitar para trás das costas aquilo que realmente não acrescenta valor nenhum à minha vida. Relativizar...
Vou começar a fazer uns exercícios de treino, por forma a conseguir evitar que este sentimento se instale. Reciclar pensamentos e simplesmente seguir em frente. Dando relevância ao que realmente importa, porque sinto em pequenos gestos, todos os dias, que sou uma miúda de sorte. Tenho poucas pessoas realmente importantes na minha vida. Mas são essas que me enriquecem e fazem com que cada dia conte...

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