segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Para ti, que tão bem me enganaste...

Quero que saibas que fico feliz que tenhas encontrado alguém. Muito feliz mesmo.
Porque só assim serás capaz de seguir em frente. Apesar de não entenderes o que me levou a deixar-te. Nunca entenderás. Acho que não te convém entender.
Acho que as tuas relações futuras, se te mantiveres igual a ti próprio, serão uma questão de tempo. Tu não sabes o que é a partilha. Não sabes o quanto custa a vida. Instalaste de mansinho e vais ficando. Na esperança de que ninguém te cobre nada. Mas a vida custa, sabes? E como tu nunca foste capaz de abdicar de nada em prol dos outros, eu tive de abdicar de ti, em prol de mim. Da minha sanidade. E acima de tudo da minha felicidade.
Espero que a vida te reserve o melhor. E te ensine o que é a honestidade. Te faça abrir os olhos e deixares de viver em mentiras que são a tua vida. Tudo aquilo que construíste foi uma singela soma de mentiras. Tão graves ou tão leves que é tudo o que te resta...
Eu já segui com a vida há muito. E no dia que bati com a porta depois de saíres, respirei de alívio. Porque quem nos quer bem, abdica. Esforça-se e entrega-se de corpo e alma.
Deixo-te estas últimas palavras na esperança de que um dia me consigas olhar nos olhos e tenhas a coragem de não baixar a cabeça!
Que sejas muito feliz. E aprendas que para se ficar para sempre ao lado de alguém, tem de se partilhar tudo. Especialmente a vida. A verdade da nossa vida.

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